quarta-feira, 9 de abril de 2014

O início entusiasmado dos partidos da oposição ao projeto petista na Bahia foi assentando com o passar do tempo e a dificuldade de se chegar a um , ou melhor, a três denominadores comuns parece não ter fim. A situação chegou a um ponto em que a possiblidade de ruptura do PMDB e DEM/PSDB parece ser mais provável que a de união. A unidade anunciada no ano passado parece improvável.

A escolha do prefeito ACM Neto (DEM), ancorada nas pressões intramuros partidário e na dos aliados do PSDB, por Paulo Souto na cabeça da chapa frustrou as expectativas de Geddel Vieira Lima (PMDB). O ex-ministro da Integração Nacional, neste momento, optou pela resiliência. Embora garanta que diretamente não foi informado da decisão do coordenador do processo ACM Neto, os sinais são claros e o ex-governador demista dificilmente não será candidato.

Com o comportamento considerado, não sem razão, como explosivo, o peemedebista deu sinais de que pode ter amadurecido nos últimos anos e preferiu não se pronunciar sobre os caminhos que poderá tomar em caso de confirmação da candidatura de Paulo Souto.

No meio político não se descarta nenhuma possibilidade. Entre elas aparecem o apoio de Geddel à chapa do DEM, indicando o vice e o ocupando a vaga de senador ou apenas postulando o Senado e mantendo os tucanos na vice. O rompimento e consequente voo solo, ainda que esta seja uma decisão difícil diante da resistência confidenciada por peemedebistas. Algumas lideranças do partido, principalmente no interior, acreditam que desde a saída do governo Jaques Wagner perderam espaço e avaliam a aliança com Neto como estratégica para retomar o crescimento.

Caminhar com Lídice é um caminho. Ainda que remota mesmo com o suposto endosso do presidenciável socialista Eduardo Campos. Aparecem ainda como possiblidades ser candidato a deputado federal ao lado do irmão Lúcio Vieira Lima ou sair a deputado estadual.

Ainda há uma hipótese que começa a ganhar força nos bastidores a despeito de parecer remota. Alguns correligionários de Geddel pensam em lançar candidatura solo e no segundo turno apoiar Rui Costa. Por enquanto o ex-ministro garante uma única coisa: vou pensar, refletir e decidir aquilo que considerar, ao lado dos aliados, o melhor caminho para a Bahia.