sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

"Demora de Wagner" mina confiança de Marcelo Nilo para ser vice

As costuras políticas para a montagem da chapa governista que disputará a próxima eleição majoritária estão desanimando o presidente da Asssembleia Legislativa, deputado estadual e postulante à vaga de vice-governador, Marcelo Nilo. Em entrevista ao Bocão News na abertura do Carnaval, no Campo Grande, o pedetista, que já bateu o pé firme dizendo que seria o candidato a governador escolhido pelo bancada, agora demonstra pouca confiança em ser escolhido para vice.
 
"No inicio, eu tinha 99% de certeza que ia ser eu (o vice), mas ele (Jaques Wagner) ficou demorando...", lamentou, desanimado, Marcelo Nilo.
 
Apesar da declaração, o deputado estadual mais votado nas últimas eleições ainda se considera favorito.
 
"E se nao for eu, ainda vou ficar surpreso", completou Nilo. 
 
PDT e PP ainda disputam a vaga de vice na chapa governista que será liderada pelo petista Rui Costa. A decisão deve sair logo após o Carnaval.  

Por “musculatura”, PP diz ter certeza de vaga de vice


O PT abriu o precedente e, como se poderia esperar, os aliados aprenderam a lição e passaram a usar o discurso do partido na corrida eleitoral. Desta maneira, o PP dos deputados federais João Leão e Mário Negromonte afirma categoricamente: será o paretido contemplado com a vag de candidato a vice na chapa governista para este ano e o argumento se chama “musculatura”.
 
A “musculatura”, segundo Leão, é o tamanho do partido e sua representatividade no estado. De acordo com o deputado, trata-se da legenda com maior número de deputados, prefeitos e vereadores no grupo depois do próprio PT. Desta maneira, com a certeza de que mais é mais, os parlamentares têm certeza de que Jaques Wagner tem um compromisso com a sigla e que este será cumprido.
 
“Quando  PMDB saiu, nós chegamos, ajudamos o governador a se eleger. Leão chegou e dinamizou a secretaria de Infraestrutura, abriu estadas pela Bahia afora, ajudou muito o governo. O governador é muito grato à participação do nosso partido e a gente está muito sereno. Vamos esperar com serenidade o anúncio dele após o carnaval”, pregou Negromonte. Já Leão é um pouco mais enfático.
 
Para o parlamentar, este é o discurso do próprio PT e o exemplo foi seguido. “O importante de cada partido é a musculatura. Por que estamos aceitando que o PT tenha a cabeça, o candidato a governador? Porque a musculatura do PT é maior que a nossa. Nós somos, modéstia à parte, a segunda musculatura. Então nós queremos a nossa vaga na chapa”.
 
A certeza e consequente escanteamento do PDT nos planos da chapa, porém, não deixaram rusgas entre os dois partidos segundo os deputados. Negromonte acredita que Nilo continuará a marchar ao lado do governador ainda que nacionalmente o próprio PDT possa estar em vias de reposicionar sua orientação. Para isto, acredita que Wagner conseguirá um denominador comum de ajustamento entre as pretensões de cada partido.

Anderson Silva contrata agência americana e vai tentar carreira no cinema


O maior campeão da história do UFC quer entrar para o mundo do cinema. Anderson Silva assinou contrato com a agência ICM Parthers, que vai cuidar da imagem e da carreira artística do ator.

Se recuperando de uma lesão sofrida durante a sua última luta, Anderson já participou da comédia brasileira Até que a Sorte nos Separe 2.

A ICM Parthers fica em Los Angeles, Califórnia (EUA). Além de Spider, a agência já conta com astros como Christopher Waltz, Jodie Foster e Al Pacino.

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'É uma tarde triste para o STF', diz Barbosa sobre absolvição de condenados

Por 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal)derrubou o crime de formação de quadrilha no processo do mensalão e beneficiou o ex-ministro José Dirceu (PT) e outros sete réus, que não terão suas penas aumentadas.
Pouco antes de proclamar o resultado julgamento, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, disse que uma maioria "sob medida" foi formada e, com votos "pífios" criou uma "tarde triste para o Supremo".
"Esta é uma tarde triste para este Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi reformada, jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012. Peço vênia à maioria que se formou e voto pela rejeição dos embargos infringentes".
Barbosa também fez referência à nova composição da corte. No julgamento do mensalão 2012, dois ministros (Ayres Britto e Cezar Peluso) que foram favoráveis à condenação por quadrilha saíram e foram substituídos por Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, que votam pela absolvição do crime de quadrilha.
"Uma maioria de circunstância, formada sob medida para lançar por terra todo o trabalho primoroso levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012 (...) [Agora] estão suscetíveis para o enquadramento do crime de quadrilha aqueles segmentos sociais dotados de certas características sócio-antropológicas. Aqueles que rotineiramente incorrem nos crimes de sangue ou patrimônio privado. Criou-se um novo determinismo social", disse.
Se a condenação fosse mantida, Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares deixariam o regime semiaberto de prisão, quando é possível trabalhar fora do presídio durante o dia, desde que exista autorização da Justiça, e seguiriam para o regime fechado.
Votaram pela absolvição os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Optaram pela manutenção da condenação os ministros Luiz Fux, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio Mello. Este último, no entanto, apesar de ter votado pela existência da quadrilha, considerou que as penas fixadas eram muita altas e reafirmou que elas deveriam ser baixadas para um patamar que levasse o crime à prescrição.
Pedro Ladeira/Folhapress
O ministro Joaquim Barbosa vota pela condenação por formação de quadrilha dos réus do mensalão
O ministro Joaquim Barbosa vota pela condenação por formação de quadrilha dos réus do mensalão
PENAS
Com a derrubada do crime, o chamado núcleo político do mensalão, que além de Dirceu e Delúbio conta com o ex-presidente do PT José Genoino, cumprirá pena somente pelo crime de corrupção ativa. De acordo com advogados que atuam no caso, a derrubada da quadrilha tem um valor simbólico, uma vez que ela foi o fio condutor da denúncia do Ministério Público. Na última peça de acusação apresentada no processo, o então procurador-geral da República Roberto Gurgel usou a palavra "quadrilha" 42 vezes e disse que Dirceu era seu "chefe".
Nesta manhã, o primeiro a votar foi Zavascki. De acordo com ele, os condenados não se uniram, exclusivamente, para cometer crimes e atingir a paz pública – requisito para o crime de quadrilha. "Não se nega a ocorrência desses delitos, é difícil sustentar que o objetivo comum tenha sido a prática de todos aqueles crimes. Não está efetivamente a presença do dolo específica do crime de quadrilha, ou seja, a vontade livre de estar participando de ações do grupo", disse.
Assim como o ministro Luís Roberto Barroso, que ontem também votou pela absolvição dos réus, Teori era peça decisiva na análise dos recursos, uma vez que ele não participou da primeira etapa do julgamento. Depois do ministro, foi a vez de Rosa Weber proferir seu voto. Ela, que em 2012 foi a primeira a votar pela absolvição pelo crime de formação de quadrilha, manteve sua posição e a maioria foi formada, uma vez que os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Cármen Lúcia haviam antecipado seus votos – também pela derrubada de quadrilha– ontem.
VOTAÇÃO
Nesta manhã, o primeiro da agora corrente minoritária a votar foi Gilmar Mendes. Ele criticou o fato da composição da corte ter sido alterada em meio ao julgamento e insinuou que uma nova mudança pode acontecer para inocentar os condenados por outros crimes quando um recurso conhecido como revisão criminal for apresentado. "O julgamento se alongou e não precisava se alongar tanto. Dois colegas deixaram de integrar a corte. Quiçá no futuro, dali a pouco, a corte será várias vezes recompostas para a revisão do crime".
Apesar disso, o ministro disse que, como réus foram condenados e já cumprem pena por outros crimes, "o Brasil saiu fortalecido" do julgamento, uma vez que, em sua opinião, existia um projeto para transformar o STF numa "corte bolivariana".
A alteração da composição do Supremo também foi criticada no voto do ministro Marco Aurélio Mello. De acordo com ele, a mudança foi fundamental para a alteração do resultado da primeira etapa do julgamento. Para o decano – ministro com mais tempo de corte – Celso de Mello, o mensalão montou uma "sofisticada organização criminosa" composta de "delinquentes travestidos de altos dirigentes políticos e partidários" que nada mais são que "meros e ordinários criminosos comuns".
"É incompatível a afirmação, completamente destituída de base empírica, de que teria havido um isolado, transitório, ocasional e eventual concurso de pessoas. (...) Esse processo tornou claro que os membros da quadrilha, reunidos em verdade empresa criminosa, que se apoderou do governo, agiram com dolo de planejamento, divisão de trabalho e organicidade".
Editoria de Arte/Folhapress
NOVOS RECURSOS
Findo o julgamento da formação de quadrilha, o STF analisará, à tarde, três recursos que tratam do crime de lavagem de dinheiro. Apresentaram apelações o ex-deputado do PT João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e o ex-sócio da corretora Bonus Banval Breno Fischberg.
A situação mais crítica é a de João Paulo. Condenado pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e corrupção passiva, está cumprindo uma pena de 6 anos de prisão. Se a condenação por lavagem for mantida, sua pena ultrapassará os 8 anos – chega a 9 anos e 4 meses– e o ex-deputado terá de deixar a prisão em regime semiaberto, quando é possível se trabalhar fora durante o dia, desde que autorizado pela Justiça, e ir para o regime fechado.
Fischberg e Genu, só foram condenados por lavagem. Por isso, se o crime for mantido, as penas serão convertidas em penas alternativas. Caso contrário, serão absolvidos e totalmente inocentados no mensalão. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Homem tem facão cravado nas costas durante briga em Plataforma

Uma briga de rua terminou de forma trágica na tarde desta quinta-feira (27) no bairro de Plataforma. Neison Casaes de Oliveira foi socorrido por policiais Militares da 14ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), guarnição 1422, composta pelos soldados Cirineu, Apoenna e Bruno, após uma briga na Rua Manoel Monte. Ele teve um facão cravado nas costas após receber golpes da arma branca.
Neison foi socorrido para o hospital do Subúrbio em estado grave e permanece internado. O autor da tentativa de homicídio ainda não foi preso. Nas fotos, é possível observar, que a vítima chegou ao hospital com o facão cravado nas costas.

Netinho relembra os sete difíceis meses de internação: “Não fiquei vivo por nada”

Netinho
passou boa parte dos seus 47 anos de idade gozando de ótima saúde e
dificilmente tinha sequer uma dor de cabeça ou qualquer dorzinha que o
afastasse dos palcos ou de sua rotina acelerada. Mas, no ano passado, ele foi
parar no hospital e quase não voltou para casa. Internado em abril com fortes
dores na coxa e na virilha, ele entrou no hospital achando que exagerou na
malhação, no auge de seus 82 kg, e acabou com 50 kg imóvel em uma cama de UTI e entubado
por todos os ladosTexto e entrevista: Paola Correa, do R7
Netinho passou boa parte dos seus 47 anos de idade gozando de ótima saúde e dificilmente tinha sequer uma dor de cabeça ou qualquer dorzinha que o afastasse dos palcos ou de sua rotina acelerada. Mas, no ano passado, ele foi parar no hospital e quase não voltou para casa. Internado em abril com fortes dores na coxa e na virilha, ele entrou no hospital achando que exagerou na malhação, no auge de seus 82 kg, e acabou com 50 kg imóvel em uma cama de UTI e entubado por todos os lados

A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quarta-feira, dia 26, oito mandados de busca e apreensão

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A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quarta-feira, dia 26, oito mandados de busca e apreensão nas sedes de quatro Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção aos direitos da criança e adolescente e direitos humanos. Elas vinham atuando irregularmente, como forças-policiais em festas populares, e confeccionando fardamentos e carteiras, que permitiriam acesso gratuito a ônibus, eventos, estádios e cinemas, prejudicando a arrecadação financeira de empresas privadas.

Os mandados de busca e apreensão, expedidos pelas 1ª e 2ª Varas Criminais de Salvador, foram cumpridos, no início da manhã de hoje (26), por investigadores da Coordenação de Operações Especiais (COE), nas sedes das ONGs Interbusca Desaparecidos, na Avenida Sete de Setembro, Interbusca Bahia, no Matatu, Gapinj – Grupo de Agente de Proteção a Infância e Juventude, na Liberdade, Ropinju-DH – Rede de Oficiais de Proteção da Infância, Juventude e Direitos Humanos, instalada na Mouraria, e nas casas dos respectivos presidentes.

Foram apreendidos fardamentos, carteiras de identificação, algemas de lacre, bastões, radiocomunicadores, documentos, computadores e um revólver de calibre 38. O material recolhido seria utilizado pelas ONGs durante o Carnaval/2014. “Alguns grupamentos atuavam como se seus integrantes fossem Agentes Voluntários de Proteção à Criança e Adolescente, os antigos Comissários de Menores”, explicou o delegado Cleandro Pimenta, coordenador da COE.
Segundo ele, tais grupamentos atuavam principalmente em festas populares, com prepostos fardados, ostentando brasões, armamentos não letais, como spray de pimenta, algemas e bastões retráteis. “Os grupos se organizavam em patrulhas e agiam nos eventos como se fossem força policial e seus uniformes apresentavam símbolos privativos do serviço público, como Armas da República e símbolo do Tribunal de Justiça”, salientou.

A delegada Pilly Dantas, da COE, explicou que as entidades não tinham autorização das Varas da Infância e cobravam uma mensalidade de 25 reais em troca das carteiras de identificação. Mais de 700 novas credenciais, que seriam distribuídas antes do Carnaval, foram apreendidas. Pelo menos 20 instituições, que atuam nos mesmos moldes, em Salvador e Região Metropolitana, foram mapeadas pela polícia e serão investigadas.

O delegado-geral Hélio Jorge informou que outras unidades da Polícia Civil registraram ocorrências envolvendo essas instituições, que chegavam a distribuir, dentre seus participantes, “credenciais” expedidas pelas próprias ONGs e que previam “passe livre” nos transportes públicos e nos locais de eventos passíveis de fiscalização.

“Eles usavam documentos que os identificavam como agentes com poder de polícia, o que configura o crime de falsidade ideológica”, alertou, lembrando que quem for flagrado com credenciais ou fardamento dessas instituições será conduzido para uma das unidades policiais instaladas no circuito e autuado.

“Qualquer cidadão que for constrangido, durante abordagem realizada por integrantes dessas supostas ONGs, deve acionar a polícia imediatamente e dirigir-se a uma delegacia para registrar ocorrência”, pontuou.

Os representantes das instituições investigadas poderão responder pelos crimes de estelionato, constituição de milícia privada, falsificação de selo ou sinal público, falsidade ideológica e usurpação de função pública. As penas podem chegar a oito anos de reclusão. A operação policial contou com o apoio das Varas da Infância e da Juventude.